Boas amigos!
Sempre gostei de monitorar alguns dados extras nos carros que tenho.
Além do velocímetro, RPM, marcador de combustível e outros dados disponíveis no painel original, instalo relógios extras para acomopanhar a pressão de óleo do motor, a pressão na linha de combustível, voltagem do sistema elétrico, entre outros.
No Opala por exemplo, tenho dois marcadores de temperatura da água. Um elétrico e um mecânico (mercúrio). Dessa forma consigo uma resposta imediata da leitura a qualquer elevação da temperatura (sensor elétrico) e tenho sempre uma leitura precisa da mesma (sensor mecânico). Sabendo interpretar os dados, você sabe exatamente a situação da refrigeração do motor naquele momento.
Então comecei a pesquisar as opções disponíveis para o Suzuki Jimny.
Após alguns dias de pesquisa, descobri uma alternativa muito interessante!!! Válida para todos os carros equipados com o sistema OBDII ou OBD2.
Mas o que seria OBD2?
OBD2 é a abreviação de On Board Diagnostic 2. Ou seja, um sistema de diagnóstico a bordo do veículo.
Vamos por partes:
A injeção eletrônica do motor funciona baseada em dados informados por diversos sensores instalados no veículo (TPS, sonda lambda, posição do acelerador, etc). Esses dados são enviados para o módulo de injeção através dos fios do chicote. No módulo as informações são analisadas e o resultado dessa análise permite um ajuste fino de diversos parâmetros de funcionamento. Dessa forma o motor consegue se adaptar ao álcool ou gasolina (módulo Flex), consegue otimizar o desempenho em altitudes diferentes, entre outras situações.
Através de um conector específico, você pode acessar o módulo de injeção eletrônica. Ou seja, você consegue:
Identificar os códigos de erro informados pelo módulo – passo essencial para resolver problemas nesse sistema.
Acessar os parâmetros informados por cada sensor.
Modificar o desempenho / resposta do sistema de injeção (se o módulo permitir).
Como fazer?
Para acessar o módulo de injeção existem diversas opções disponíveis. Genericamente, você precisa:
Um computador com software que faça a leitura do protocolo do módulo de injeção eletrônica.
Um cabo para conectar esse computador ao conector de seu carro.
O mercado oferece vários tipos de equipamentos, conhecidos como mapeadores de injeção eletrônica (scanners) que fazem essa leitura. Para identificar o problema, além dos itens acima, você precisa de referências para a tradução dos códigos de erro.
Até algum tempo atrás, cada montadora de veículo utilizava um conector e um protocolo próprio. Isso tornava a vida dos mecânicos e oficinas muito complicada, pois era necessário comprar uma ferramenta específica para cada marca de carro.
Então os EUA resolveu padronizar. A partir de 1996 todos os carros vendidos nos EUA devem utilizar o conector tipo DCL – OBD2. Ou seja padronizaram o conector. E também padronizaram o protocolo. Ou seja, a mesma ferramenta é capaz de interpretar as informações do módulo do motor de todos os veículos. Entretanto os outros módulos (air bag, ABS, câmbio automático, etc) ainda podem possuir conectores / protocolos próprios.
Infelizmente algumas montadores ainda insistem em utilizar um sistema próprio nos carros que não são vendidos nos EUA. Isso significa que o mesmo modelo de carro pode ter dois sistemas de diagnóstico diferentes, variando de acordo com o mercado no qual é vendido. Um exemplo é o GM Tracker. Dependendo do módulo que ele utiliza pode ser ou não compatível com OBD2. Mais detalhes aqui (link).
E o que tudo isso quer dizer?
Simples.
Os mesmos dados enviados ao módulo pelos sensores através do chicote (reproduzidos no conector), podem ser lidos por uma outra interface que simula um computador de bordo.
Então você tem acesso a diversos dados como:
Temperatura da água do sistema de aferrecimento;
Temperatura do coletor de admissão;
Voltagem da bateria;
Pressão de combustível;
Ponto de ignição;
Rotações por minuto do motor;
Dependendo da compatibilidade entre interface e módulo, outros parâmetros podem ser visualizados.
Logo não é preciso instalar diversos relógios extras. Não é preciso sensores extras e um chicote elétrico a parte.
É uma alternativa mais simples. E bem fácil de instalar.
Mas antes de tudo, você precisa se certificar que a interface escolhida é compatível com o conector / módulo de injeção do seu carro.
Entre as opções de interface mais interessantes que encontrei, com o objetivo de simular um computador de bordo:
1) Conector OBDII + Iphone / IPAD
Opção muito interessante! Através de um conector Wi-fi (link) ou conector Bluetooth (link) você pode acessar os dados do sistema usando o Iphone ou o IPAD. Existem diversos modelos de conector no mercado. Um deles é o Kiwi (link), disponível tanto em bluetooth quanto wi-fi.